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Capitão da PM apanha de Soldados durante micareta de Feira e faz desabafo
Imagens de policiais militares agredindo foliões durante a Micareta de Feira de Santana viralizaram nas redes sociais nesta semana. Os casos de violência despertaram indignação e levaram à abertura de uma investigação por parte da Corregedoria da Polícia Militar. Surpreendentemente, uma das vítimas dos golpes de cassetete foi um capitão da própria corporação, que estava à paisana durante a festividade. A PM garante que os casos serão devidamente apurados.
O capitão Isaac Santos, agredido pelos seus colegas de farda, utilizou suas redes sociais para desabafar sobre o incidente. Em um texto compartilhado, o militar afirmou que foi agredido pelas costas, mesmo depois de ter se identificado. Além do capitão Santos, uma ambulante também foi vítima de agressão, assim como um adolescente de 17 anos, que está internado em estado grave em uma unidade de saúde de Feira de Santana. A família do jovem manifestou preocupação com sua condição de saúde.
No relato completo do capitão da PM, ele expressou sua surpresa ao se ver obrigado a explicar o ocorrido nas redes sociais após a divulgação das imagens das agressões sofridas. Com 15 anos de experiência na polícia, sendo 14 deles trabalhando em eventos como carnavais e micaretas em Feira de Santana, o capitão Santos ressaltou a importância de ações enérgicas e do uso da força nesses eventos, mas enfatizou que o emprego indiscriminado e desnecessário da violência não pode ser tolerado.
Segundo o capitão Santos, a agressão ocorreu após a situação estar sob controle, o que torna o uso da força desproporcional e injustificado. Ele ressaltou que, mesmo após se identificar como policial militar, foi agredido pelas costas por um colega de farda. O capitão defendeu que o respeito mútuo entre os membros da corporação não deve ser comprometido em nome de um falso corporativismo. Ele deixou claro que o uso adequado da força é necessário, mas a violência injustificada e isolada não deve ser aceita.
O capitão agradeceu o apoio recebido de diversas pessoas e enfatizou que tanto ele quanto o Capitão PM Biluca, que também foi agredido, são profissionais comprometidos e respeitados. Ele ressaltou que, se a situação não tivesse sido registrada em vídeo, teria vergonha de admitir que foi agredido por outro policial militar, mesmo após se identificar. O capitão Santos reiterou seu compromisso com a classe e repudiou a conduta violenta que presenciou, afirmando que nunca agrediu ou desrespeitou um colega de farda.
O caso continua sob investigação da Corregedoria da Polícia Militar, que busca identificar os responsáveis pelas agressões e tomar as devidas providências legais. O incidente gerou debates sobre a conduta dos policiais envolvidos e a necessidade de uma atuação mais rigorosa na punição de abusos.
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