
Tragédia Aérea em Barreiras Destaca Riscos das Aeronaves Experimentais
No último sábado, um grave acidente aéreo em Barreiras, oeste da Bahia, resultou na morte de três pessoas, incluindo Lucas Corisco, Jackson Bomfim e seu filho Matheus Bransford, chocando a comunidade local. O monomotor experimental de matrícula PP-ZJA, protagonista do incidente, não havia sido submetido aos testes de homologação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), conforme revelado pela própria agência. Esse tipo de aviação, marcado pela operação a critério e risco dos ocupantes, lança luz sobre as peculiaridades e regulamentações envolvendo aeronaves experimentais no Brasil.
A falta de autorização para voos comerciais destas aeronaves não isenta seus proprietários e operadores de cumprir com exigências rigorosas para assegurar a segurança. Segundo a Anac, três requisitos fundamentais devem ser atendidos: a habilitação do piloto, o registro da aeronave no Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB) e a obtenção do Certificado de Autorização de Voo Experimental. Além disso, a operação é restrita a áreas específicas, com sobrevoos de regiões densamente povoadas sujeitos a autorizações especiais e critérios adicionais para minimizar riscos à população.
O acidente sublinha a necessidade de aderência a estas normativas. O avião caiu em uma área de vegetação próxima à Associação Barreirense de Aviação (ABA), apenas 1 km após a decolagem, levantando suspeitas de falhas mecânicas ou outros problemas ainda não identificados. As vítimas, momentos antes do voo, haviam compartilhado uma fotografia, sem imaginar o trágico destino que os aguardava.
Os envolvidos possuíam experiência na aviação: Lucas Corisco era conhecido como piloto executivo, enquanto Matheus Bransford se identificava como piloto comercial e engenheiro eletricista. Jackson Bomfim, por sua vez, compartilhava seu entusiasmo por aventuras aéreas em suas redes sociais. A perda impactou profundamente a comunidade de Ilhéus, onde residiam Jackson e Matheus, evidenciando a trama pessoal por trás da tragédia.
O acidente está sob investigação da Polícia Civil de Barreiras e do Segundo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa II), com o objetivo de elucidar as causas e circunstâncias que levaram à queda. A Anac, por sua vez, reitera a importância das diretrizes estabelecidas para a operação segura de aeronaves experimentais, enfatizando a necessidade de conscientização sobre os riscos associados a esses voos.
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