Bahia mantém liderança do ranking de homicídios; oposição cobra resposta do Governo Jerônimo

Bahia mantém liderança do ranking de homicídios; oposição cobra resposta do Governo Jerônimo

Numa realidade preocupante, a Bahia se mantém no topo do ranking de homicídios no país, com 4.848 mortes violentas registradas em 2023, de acordo com os últimos dados do Monitor da Violência, do G1. Esse número coloca o estado bem à frente de seus seguidores mais próximos, Pernambuco, com 3.518 casos, e o Rio de Janeiro, com 3.388, mostrando uma diferença significativa em comparação até mesmo com estados de maior população.

Porém, não é só de números alarmantes que vive a Bahia. Apesar da posição no ranking, o estado apresentou uma redução de 4,1% nos índices de mortes violentas, uma luz no fim do túnel que indica um caminho possível para a reversão desse quadro. Essa queda é parte de um movimento maior, visto que 21 estados brasileiros também registraram diminuição nos índices de violência, contribuindo para uma queda geral de 4% nas mortes violentas em todo o Brasil.

Diante dessa realidade, a voz da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), representada pelo deputado estadual Alan Sanches (União Brasil), ecoa um chamado urgente por ações mais assertivas do Governo do Estado na área de segurança pública. A persistência desse cenário ao longo de cinco anos consecutivos acende um alerta vermelho que não pode ser ignorado, exigindo uma resposta que vá além das justificativas e entre de vez na esfera das soluções práticas.

“Não podemos normalizar esse estado de exceção”, enfatiza Sanches, destacando a necessidade de uma mudança radical na gestão da segurança, através do uso de inteligência, planejamento e tecnologia, para que a Bahia possa virar essa página sombria de sua história.

As estatísticas revelam um drama ainda mais profundo, com a maioria das vítimas de homicídios dolosos sendo jovens adultos negros, um reflexo das desigualdades sociais e raciais que ainda marcam o estado e o país. Cada número traz consigo uma história não contada, um potencial não realizado, um futuro ceifado.

Esses dados servem como um lembrete do trabalho contínuo necessário para garantir a segurança e o bem-estar da população, buscando não apenas a redução dos índices de violência, mas também a promoção de uma sociedade mais justa e igualitária. A Bahia, com sua riqueza cultural e social, tem tudo para liderar não só em estatísticas negativas, mas também como exemplo de superação e transformação.

No Comments

Sorry, the comment form is closed at this time.