
“As mulheres são mortas por quem elas escolheram amar. Isso é doloroso”, diz Enilda em Audiência na Câmara de Ilhéus
Na manhã desta segunda-feira (10), a professora e vereadora Enilda Mendonça coordenou as atividades da Audiência Pública do Dia Internacional da Mulher (celebrado no dia 8 de março) realizada pela Frente Parlamentar das Mulheres e da Comissão de Defesa da Mulher. O evento foi realizado na Câmara Municipal de Ilhéus e atriu um grande público presencial e on-line, formado em sua maioria por mulheres.
Logo na abertura da Audiência, a vereadora realizou uma homenagem a Mãe Almerinda, de 97 anos de idade e 57 de dedicação aos povos de terreiro. Almerinda Faustina de Souza é líder religiosa no Terreiro de Zumbarandá, no distrito do Couto, na zona sul de Ilhéus, e recebeu das mãos da vereadora Enilda uma placa de Moção de Congratulações pela sua trajetória de vida.
Durante falas de convidadas, a vereadora Enilda foi constantemente lembrada como “combatente” na defesa dos direitos da mulher no legislativo ilheense, desde o seu primeiro mandato (2020-2024).
“Todo mundo sabe que eu sou oposição ao governo, mas não sou oposição da bandeira das mulheres. Precisamos tirar Ilhéus do índice de violência contra a mulher”, reforçou a parlamentar.
No evento, Enilda apresentou ainda o Projeto de Lei, que autoriza a implementação de dispositivo de segurança via GPS denominado de “Aline”, para mulheres em situação de violência doméstica, com ou sem medida protetiva, no âmbito do município de Ilhéus.
De acordo com Enilda, esse Projeto de Lei é uma “homenagem póstuma” a Clea Aline, ex-funcionária do Hospital Costa do Cacau morta em 2023 no Hernani Sá pelo marido, um ex-agente de trânsito de Ilhéus. O objetivo é evitar novos crimes contra mulheres em risco. O PL foi apresentado e entregue aos familiares de Clea Aline, presentes na audiência pública.
Ao encerrar o evento, a vereadora Enilda ainda trouxe o destaque do dia no maior portal de notícia do Brasil, o UOL, que trazia a informação de que “parceiro e ex são agressores em 70% dos casos de violência contra mulher” e que o número praticamente dobrou em relação a 2017, primeiro ano da pesquisa do Fórum de Segurança Pública e Instituto DataFolha.
“Trago isso pra reforçar uma fala: as mulheres apanham, são vítimas e são mortas não por inimigos. Elas apanham, são mortas por aqueles que elas escolheram amar, os pais de seus filhos. Isso é o mais doloroso. Quando vem o primeiro tapa, ela [a mulher] não tem nem condição emocional de reagir, e é sobre isso que a gente precisa falar e discutir”, finalizou a vereadora, sendo aplaudida
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