
Entenda o que é o subsídio de R$ 26 milhões ao transporte público e por que o projeto da Prefeitura de Ilhéus gerou debate
A proposta enviada pela Prefeitura de Ilhéus à Câmara de Vereadores autorizando um subsídio de R$ 26,4 milhões ao transporte público tem gerado discussões acaloradas nas redes sociais e entre lideranças políticas da cidade. Mas, afinal, do que se trata esse projeto e por que ele está sendo debatido?
O que é o subsídio?
O subsídio ao transporte público não é uma novidade. Trata-se de uma ajuda financeira da Prefeitura para cobrir a diferença entre o valor que os usuários pagam na catraca e o custo real da operação do sistema. Ou seja, sem essa complementação, a tarifa de ônibus teria que aumentar — e quem paga a conta é o cidadão.
Hoje, a passagem custa R$ 4,80, mas o custo por passageiro é maior do que isso. O que a gestão está propondo é continuar pagando esse complemento, como já vem fazendo desde 2024, só que agora de forma regulamentada por lei — e não mais por decisão judicial provisória.
Por que o valor total chega a R$ 26,4 milhões?
O projeto prevê um repasse mensal de R$ 2,2 milhões, o que ao longo de 12 meses soma os R$ 26,4 milhões. Esse valor não será repassado de uma vez só. Ele é calculado mês a mês, conforme a operação do sistema.
Cidades como Itabuna e Salvador já adotam modelos semelhantes. Em Itabuna, por exemplo, o subsídio mensal é de R$ 3,4 milhões, com uma frota de cerca de 75 ônibus.
Por que há críticas?
Vereadores de oposição e parte da população expressaram preocupação, principalmente pelo cenário econômico delicado da cidade e pelas falhas históricas na qualidade do transporte público. Essas críticas são compreensíveis — afinal, o sistema ainda está longe do ideal e a confiança nas empresas é limitada.
No entanto, a proposta do Executivo não representa uma “doação” de dinheiro, como vem sendo difundido em algumas publicações. Trata-se de uma medida técnica e legal para impedir o colapso do transporte coletivo, que é essencial para milhares de trabalhadores, estudantes e usuários que não têm outra opção de locomoção.
O que muda com a aprovação do projeto?
Se aprovado, o projeto traz mais transparência e segurança jurídica, permitindo que o subsídio continue sendo pago de forma regular, auditável e prevista em lei. Ele também abre caminho para o reordenamento do sistema, inclusive com novas licitações e modelos de contrato mais rigorosos com as empresas.
Em resumo: sem o subsídio, a passagem pode subir. Com o subsídio, o valor é mantido e o serviço segue operando enquanto novas medidas são construídas.
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