“Quebraram, consertaram, quebraram de novo”: Ponte Lomanto Júnior vira palco de obras descoordenadas e caos em Ilhéus

“Quebraram, consertaram, quebraram de novo”: Ponte Lomanto Júnior vira palco de obras descoordenadas e caos em Ilhéus

Ilhéus está, mais uma vez, protagonizando um espetáculo digno de risos (ou lágrimas) em sua infraestrutura. A Ponte Lomanto Júnior, uma das mais importantes rotas de ligação entre o centro e a zona sul, virou pista de guerra para a Embasa, Coelba e uma prefeitura que, sinceramente, parece ter tirado férias enquanto a cidade implora por ordem.

Dessa vez, o enredo é simples, porém tragicômico: a Embasa concluiu sua obra na ponte, deixou a pista com uma bela cratera e nem se deu ao trabalho de consertar o corrimão. Antes que a poeira baixasse, a Coelba chegou, destruindo tudo de novo – e o pior – dos dois lados da calçada ao mesmo tempo. A justificativa? Provavelmente técnica, mas a população quer saber mesmo é: cadê o planejamento, minha gente?

Enquanto isso, as obras estão sendo feitas de qualquer jeito, com cortes parciais no cimento e promessas silenciosas de que a calçada não vai durar nem a próxima maré cheia. O cenário já é conhecido dos moradores do Pontal, que tiveram que, literalmente, meter a mão na massa para limpar a porta de casa após os serviços da Coelba.

A cereja do bolo? Tudo isso está acontecendo em plena alta temporada turística, com a cidade já cheia de visitantes e prestes a receber milhares de pessoas para o Réveillon. Imaginem só o turista caminhando tranquilamente e encontrando um desvio direto para a cratera lunar ilheense. “É quase uma experiência de turismo de aventura gratuita”, ironizam os moradores.

A falta de coordenação entre as empresas só não é mais gritante que a omissão da Prefeitura de Ilhéus, que deveria fiscalizar as intervenções e garantir que a cidade não vire essa bagunça sem fim. Mas, como diria o ditado, em Ilhéus “manda quem pode, obedece quem tem juízo”.

No fim das contas, quem perde é o cidadão ilheense, que já não sabe se ri, chora ou pega uma pá e um saco de cimento para resolver o problema ele mesmo. Enquanto a nova Ponte Jorge Amado tenta aliviar o trânsito, a velha Lomanto Júnior segue resistindo bravamente à incompetência alheia.

E assim segue Ilhéus, onde tudo parece de cabeça para baixo e o lema é um só: “Que se virem os moradores!”

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Notícia inspirada no texto de José Rezende Mendonça.