Máfia das apostas: Jogador é ameaçado de morte por não receber cartão amarelo, entenda

Máfia das apostas: Jogador é ameaçado de morte por não receber cartão amarelo, entenda

O zagueiro Eduardo Bauermann, jogador do Santos, foi ameaçado de morte por membros de uma quadrilha envolvida em esquemas de apostas, segundo informações divulgadas no âmbito das investigações da Operação Penalidade Máxima II, realizada pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO). Os diálogos entre o jogador e os apostadores foram obtidos no celular de um dos suspeitos durante o cumprimento de um mandado de busca.

De acordo com as informações divulgadas, Bauermann teria recebido um adiantamento de R$ 50 mil para receber um cartão amarelo durante o jogo do Santos contra o Avaí pelo Campeonato Brasileiro de 2022. No entanto, o jogador não cumpriu com o acordo e devolveu apenas R$ 30 mil do valor recebido. Nas conversas, o grupo estima um prejuízo de quase R$ 800 mil devido ao não cumprimento do acordo pelo jogador.

Bauermann teria oferecido parte do valor de uma possível transferência para quitar o débito com os apostadores. Segundo o jogador, ele havia recusado uma proposta do clube mexicano Leon no valor de 2,5 milhões de dólares (R$ 12,4 milhões) e que, no final da temporada, receberia outra oferta na casa dos 4 milhões de dólares (R$ 19,9 milhões).

No entanto, após devolver parte do dinheiro, Bauermann teria demorado para responder aos contatos feitos pelos apostadores, o que teria resultado em ameaças de morte ao jogador. Nas conversas obtidas, o zagueiro afirma que está tentando levantar os fundos para quitar a dívida e cita a possibilidade de realizar empréstimos bancários.

A Operação Penalidade Máxima II, que investiga esquemas de manipulação de resultados e apostas ilegais, resultou em nova denúncia contra 17 pessoas, incluindo Bauermann. Quatro jogadores também teriam recebido valores e concordado com a manipulação, mas colaboraram com as investigações e não foram denunciados pelo MP-GO.

A manipulação de resultados é considerada crime no Brasil e pode resultar em penas que variam de um a quatro anos de detenção, além de multa. A prática é prejudicial ao esporte e compromete a integridade das competições esportivas. É importante que medidas sejam tomadas para coibir a manipulação de resultados e garantir a lisura das competições.

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