‘Chuva’ é o grande calcanhar de aquiles do governo municipal para eleger um sucessor

‘Chuva’ é o grande calcanhar de aquiles do governo municipal para eleger um sucessor


Ilhéus, a bela cidade turística conhecida por suas praias e cultura rica, enfrenta uma tormenta que não vem do mar, mas sim do céu. Aqui, a chuva, que deveria ser recebida como uma benção tropical, se transforma rapidamente no grande calcanhar de Aquiles da gestão do prefeito Mário Alexandre — um desafio que ultrapassa a esfera de seu mandato, mas que durante o mesmo não encontrou solução.

Este problema crônico, que faz com que a cidade não aguente nem um breve temporal sem ceder ao caos das inundações, parece agravar-se ano a ano. Ruas alagadas, deslizamentos de terra e os inúmeros prejuízos ao comércio local já são quase parte do folclore urbano. No entanto, não há nada de mitológico sobre os transtornos enfrentados pela população e os turistas que, buscando o sol, encontram-se navegando pelas vias inundadas de Ilhéus.

A oposição, com o faro político aguçado para as fragilidades alheias, tem aproveitado esse cenário para apontar dedos e fazer barulho. Eles entendem bem: na política, como na natureza, a água sempre encontra um caminho, e neste caso, está fluindo direto para as bases da gestão atual. Com as eleições municipais no horizonte, a chuva se anuncia não apenas como um fenômeno meteorológico, mas como uma tempestade perfeita para campanhas eleitorais.

Será que o prefeito Mário Alexandre perderá a chance de fechar sua gestão com chave de ouro, trazendo uma solução concreta para a infraestrutura hídrica da cidade? Ou será que ele deixará para seus sucessores o legado de uma Ilhéus que precisa, literalmente, segurar as águas?

Não é apenas uma questão de bom senso, mas uma oportunidade de ouro (ou de água) para entrar na história como o governo que finalmente domou as águas de Ilhéus. Caso contrário, a administração correrá o risco de ser lembrada cada vez que o céu escurecer e as primeiras gotas começarem a cair — que não seja, portanto, o prenúncio de uma gestão afogada em desafios inacabados.

E enquanto aguardamos as próximas eleições e as soluções prometidas, resta aos ilheenses (e aos visitantes incautos) uma torcida conjunta para que São Pedro tenha um pouco mais de misericórdia com suas torneiras celestiais. Porque em Ilhéus, já sabemos, a chuva cai com a sutileza de um bloco de carnaval — animada, estrondosa e deixando poucos atrás.


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