O governo quer controlar até o que você respira – mais Estado, menos liberdade e coerência zero

O governo quer controlar até o que você respira – mais Estado, menos liberdade e coerência zero


Pagar impostos é uma obrigação. Isso ninguém discute. O problema não é cumprir as obrigações fiscais, mas sim a forma como o Estado trata o cidadão: como um inimigo em potencial.

Em vez de incentivar o empreendedorismo e a prosperidade, o Brasil tem um sistema burocrático, punitivo e incoerente. O resultado? Mais controle, mais impostos e mais fiscalização. E o que o cidadão recebe em troca? Saúde pública precária, educação sucateada e insegurança crescente.

Recentemente, a Receita Federal ampliou seu poder de fiscalização sobre as movimentações financeiras. Transações acima de R$ 5.000 por mês para pessoas físicas e R$ 15.000 por mês para empresas agora precisam ser informadas pelas instituições financeiras ao governo.

A justificativa é combater a sonegação fiscal. Mas a sensação é outra: o Estado está invadindo a privacidade financeira dos brasileiros.
O que antes era privado — como um presente em dinheiro ou uma simples transferência — agora precisa ser justificado. E se você não conseguir explicar? Vêm a fiscalização, as multas e as cobranças retroativas.

Crescer no Brasil vira um problema

Empreendedores que deveriam ser incentivados enfrentam um cenário sufocante:
➡️ Pequenos empresários precisam lidar com declarações complexas e fiscalização rígida.
➡️ Autônomos são obrigados a justificar cada pagamento recebido.
➡️ Empresas maiores enfrentam pesadas obrigações contábeis e multas em caso de erro.

O resultado é que a prosperidade vira um fardo, com mais controle e menos liberdade.

A injustiça da carga tributária

Pagamos impostos sobre saúde, educação e segurança, mas quem pode paga por serviços privados, enquanto quem depende do sistema público enfrenta precariedade e ineficiência.

A crítica aqui não é sobre a existência de impostos, mas sobre a falta de coerência na gestão desses recursos. Por que o Estado cobra tanto e entrega tão pouco?

O problema do controle financeiro

Com o novo sistema de monitoramento, o governo pode cruzar o que você declara no Imposto de Renda com suas movimentações financeiras. Se houver inconsistências, a Receita pode:
➡️ Intimar o cidadão para prestar esclarecimentos.
➡️ Aplicar multas por omissão.
➡️ Cobrar impostos retroativos.

Essa fiscalização ocorre mesmo que o cidadão esteja em dia com suas obrigações fiscais. A privacidade financeira está se tornando um privilégio raro.

Mais controle, menos incentivo

Esse cenário desestimula o empreendedorismo:
➡️ Empreendedores gastam mais tempo e dinheiro lidando com burocracias fiscais do que focando no crescimento do negócio.
➡️ Pequenos negócios vivem sob constante insegurança tributária.
➡️ Iniciativas informais são desestimuladas, pois qualquer transação não documentada pode ser questionada.

Mais impostos, mais controle, menos liberdade econômica.

Conclusão: o governo cobra muito e entrega pouco

Não há problema em pagar impostos. O problema é pagar muito, ser fiscalizado em excesso e não ver retorno.

O Estado deveria ser um facilitador do crescimento, mas prefere vigiar, controlar e arrecadar, sem oferecer contrapartida.

Este editorial é um convite à reflexão:
Queremos um país com mais liberdade econômica, menos burocracia e mais eficiência na gestão pública.

Porque liberdade financeira é um direito — e o que vemos hoje é um governo cada vez mais disposto a invadir esse direito.


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