“Aumento de valores e más condições de estrutura e segurança”, reclamam alunos da Faculdade de Ilhéus

“Aumento de valores e más condições de estrutura e segurança”, reclamam alunos da Faculdade de Ilhéus

Alunos da Faculdade Madre Thaís e Faculdade de Ilhéus (CESUPI) reclamam acerca do aumento exacerbado das mensalidades dos cursos, sem aviso prévio. Na última terça-feira (12) os estudantes foram surpreendidos ao abrirem o portal acadêmico, principalmente os alunos que migraram da Faculdade Madre Thaís por meio de transferência externa (consequência da compra), que a partir do segundo semestre de 2022 as mensalidades estarão passando por um reajuste de valores.

A contestação desse aumento está sendo através dos estudantes do curso de Direito que reclamam quanto ao exagero na porcentagem cobrada a mais nos próximos meses, uma vez que a Faculdade não atende as necessidades básicas de estrutura e segurança para os discentes em geral.

O curso de Direito para os estudantes da Madre Thaís estava no valor de R$1.040,00 (mil e quarenta reais), enquanto os que já eram da Faculdade de Ilhéus pagavam em torno de R$1.190,00 (mil cento e noventa reais), e com esse novo ajuste eles terão que pagar R$1.334,00 (mil trezentos e trinta e quatro reais) nos próximos semestres, um aumento com percentual de 12,13%. No entanto, o curso de direito não é o único a sofrer essas mudanças, alunos dos demais cursos oferecidos na faculdade também reclamam de um aumento exagerado, como por exemplo, de R$100,00 (cem reais) e R$278,00 (duzentos e setenta e oito reais) a mais nos cursos de Enfermagem e Odontologia respectivamente.

O motivo maior da reclamação desses estudantes é devido à compra e junção das duas faculdades. A compra da Faculdade Madre Thaís pela Faculdade de Ilhéus ocorreu no início do primeiro semestre de 2022 e, segundo relatos, foi realizada sem as menores condições de estruturas para comportar os alunos de ambas as instituições. Eles reclamam das salas super lotadas, com cadeiras quebradas e sem acessibilidade para quem é canhoto. Estacionamento cheio de buracos, sem vagas muitas vezes para estacionar, sanitários sem higienização adequada. Além de que eles se sentem vulneráveis com relação à segurança em vista de que, mesmo tendo que apresentar um cartão de acesso na recepção para ser permitida a entrada, qualquer pessoa pode entrar e sair a qualquer hora e transitar por todo ambiente da instituição. Os pontos de ônibus nos arredores da faculdade também é uma questão que os alunos apontam como de extrema falta de segurança.

Quando questionados sobre esse assunto, o setor financeiro não respondeu exatamente por quais motivos não comunicaram previamente a mudança, somente que a gestão estudou o financeiro e assim resolveu por aumentar os valores. Entretanto, mesmo assim, os estudantes reivindicam que a Faculdade de Ilhéus os escute, entendam que estão acabando de voltar de um período em que as aulas estavam sendo ministradas de modo remoto e que mesmo tendo voltado à modalidade presencial, ainda estão vivenciando uma realidade pandêmica, pois além das próprias mensalidades os alunos precisam arcar com as despesas de passagens, livros didáticos e lanches caros. Além disso, muitos desses estudantes ainda estão se reestruturando financeiramente e, com um aumento abusivo proposto pelo setor financeiro da instituição, os alunos alegam não ter capacidade em efetuar o pagamento dos valores estipulados nos próximos semestres, o que dificulta a melhor experiência dos discentes durante a vida acadêmica devido a todos os problemas listados.

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