Sob-pressão de atos pró-Bolsonaro, esquerda muda estratégia e se vê obrigada a convocar manifestações pelo país

Sob-pressão de atos pró-Bolsonaro, esquerda muda estratégia e se vê obrigada a convocar manifestações pelo país

O retorno expressivo das manifestações em apoio ao governo do presidente Jair Bolsonaro tem gerado grande preocupação em seus adversários políticos.

Na semana passada — em primeira mão — o Conexão Política registrou a inquietação dos opositores de Bolsonaro após os atos do último dia 15, realizados em diversas cidades do país, tendo a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, como palco central.

O fato de Bolsonaro ainda reunir multidão de apoiadores de ponta-a-ponta do país gera um temor de que os números das ruas evidenciem a ‘onda conservadora’ de forma concreta e contínua — desmontando a narrativa de que o chefe do Executivo não mais conseguiria repetir o sucesso político de 2018. Por isso, a oposição começou a falar em uma possível vitória de Bolsonaro ainda em primeiro turno.

Agora, após o ato realizado no RJ, onde o presidente da República se reuniu com apoiadores para fazer um passeio de moto, a esquerda decidiu mudar a estratégia.

Nesta segunda-feira (24) a revista Veja informou que a esquerda vai dar ‘trégua’ na pandemia para convocar uma série de manifestações pelo país.

Mesmo em meio ao surto da Covid-19, grupos de esquerda e partidos políticos de oposição agendam manifestações nacionais contra Jair Bolsonaro. A data está marcada para o dia 29 deste mês.

Os protestos, segundo a revista, estão sendo organizados por diversas centrais sindicais, como a CUT, UNE e movimentos sociais, a exemplo do MTST.

Ainda de acordo com a matéria, pode ocorrer a participação de torcidas organizadas de clubes de futebol no ato.

A oposição vinha adotando uma narrativa ‘pela vida’ e ‘contra aglomerações’ para atacar o presidente da República. Agora, sob forte ameaça de perder o apoio nas ruas, ativistas e organizadores decidiram convocar atos em meio à emergência sanitária.

A sinalização da nova postura, de acordo com a Veja, foi dada por Guilherme Boulos (PSOL).

“Não houve mobilizações da esquerda nos últimos meses pela gravidade da situação sanitária. Mas agora está se construindo um clima para o retorno às ruas”, afirmou.

“Vamos às ruas com máscaras, orientações de distanciamento, todas as precauções sanitárias”, acrescentou.

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