
Conflito no Villa 73 em Ilhéus: Entenda o caso
O espaço gastronômico e de entretenimento Vila 73, situado no estacionamento do supermercado G Barbosa, enfrenta um grave conflito entre seus lojistas e a administração. A situação escalou para uma disputa judicial que tem gerado grande repercussão na comunidade local.
Contexto e Primeiros Acontecimentos
O conflito veio à tona após a divulgação de um vídeo veiculado pelo Ilhéus Eventos, no qual uma lojista do Vila 73 expressa indignação com a retirada de mobiliário sem aviso prévio. Segundo ela, os proprietários do espaço estavam desrespeitando contratos vigentes ao desmontar a estrutura. No entanto, posteriormente foi revelado que, de fato, os lojistas foram notificados através de um grupo de WhatsApp sobre a necessidade de retirada de seus materiais em até 30 dias. É possível que a lojista em questão não tenha recebido ou não tenha conseguido abrir a notificação.
Declarações do Advogado do Villa 73
Ivan Ferraz, advogado do Villa 73, contestou as alegações feitas no vídeo. Em suas declarações, Ferraz afirmou que o contrato entre o G Barbosa e o Villa 73 foi rompido devido a uma ação judicial movida pelos lojistas contra ambos. Ele enfatizou que os lojistas foram notificados com 60 e 30 dias de antecedência e que muitos estavam inadimplentes, sem pagar aluguel e taxas condominiais.
“Ao contrário do que foi dito, eles foram notificados de que o G Barbosa rompeu o contrato com a Vila 73 por conta de uma ação ajuizada pelos lojistas. Eles foram previamente notificados há 60, 30 dias atrás, e estão sem pagar aluguel a esse período já.”
Ferraz também mencionou que todas as notificações e descumprimentos contratuais estão documentados, e criticou a ação movida contra o G Barbosa, afirmando que isso levou o supermercado a decidir não renovar o contrato com o Villa 73.
“O que aconteceu foi que o G Barbosa, ao ser incluído na ação judicial, decidiu não renovar o contrato com o Villa 73. Em uma analogia, seria como o G Barbosa dizendo: ‘Vão entrar com a ação contra mim? Tudo bem, não tenho mais interesse’.”
Declarações do Lojista e seu Advogado
Os lojistas, por sua vez, têm uma perspectiva diferente. Um dos lojistas, em contato com a redação, afirmou que o descontentamento com a administração do Villa 73 não é recente. Segundo ele, a cobrança de entrada prejudicou o movimento e houve vários embates que culminaram na ação judicial.
“Já havia há muito tempo insatisfações dos lojistas com a administração do Villa 73, como a cobrança de entrada que prejudicou o movimento.”
Pedro, advogado de um dos lojistas, reforçou essa posição. Ele explicou que a ação judicial foi movida contra o Villa 73 e chamou o G Barbosa para observar a situação, devido a diversas irregularidades, incluindo falta de autorização dos bombeiros e problemas estruturais.
“Solicitamos liminarmente a suspensão dos aluguéis, pois os lojistas no referido mês não conseguiram aferir lucro, estavam proibidos de ter apresentação musical pela secretaria do meio ambiente.”
Pedro também mencionou que a administração do Villa 73 estava ciente das questões e que a ação foi uma tentativa de resolver os problemas diretamente com o G Barbosa.
Notificação Extrajudicial
Em um desdobramento recente, a redação recebeu com exclusividade uma notificação extrajudicial enviada pelo Villa 73 a um dos lojistas. A notificação, assinada pela sócia administradora Carolina Peixoto Silva Bizinoto, informa sobre a rescisão unilateral do contrato de sublocação devido ao descumprimento de cláusulas contratuais, como inadimplência e falta de pagamento de despesas de consumo.
A notificação detalha que Tiago tem 30 dias para desocupar o imóvel e que, em caso de não cumprimento, o Villa 73 tomará medidas para a remoção forçada dos bens e ajuizamento de ações judiciais para recuperação de prejuízos.
Situação Atual e Protocolo Judicial
A situação se intensificou com a retirada de mobiliário pelo Villa 73, alegando uma determinação do G Barbosa. Lojistas chamaram advogados para o local, e o processo judicial segue em andamento. O protocolo do processo, registrado sob o número 8005027-52.2024.8.05.0103, foi distribuído na 3ª Vara dos Feitos de Relações de Consumo, Cíveis e Comerciais de Ilhéus, solicitando uma tutela cautelar antecedente.
Os lojistas afirmam que dependem de seus negócios para sustento e investiram suas economias na operação das lojas. A disputa continua gerando tensão enquanto aguarda uma resolução judicial.T
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