
O prefeito ainda é Mário Alexandre: faltam mais de dois meses para o fim do mandato
A euforia em torno do novo cenário político de Ilhéus é compreensível. O prefeito eleito Valderico Júnior já se movimenta, articulando e apresentando suas ideias para a transição de governo. No entanto, é importante destacar que o atual prefeito Mário Alexandre, conhecido como Marão, ainda é quem comanda a gestão municipal — e continuará no cargo até o final de dezembro, como determina o calendário oficial.
Embora a eleição tenha encerrado o ciclo de campanha, o mandato de Mário Alexandre segue em vigor, e as responsabilidades administrativas permanecem as mesmas. Ainda há um município para gerenciar, contas a fechar, compromissos a honrar e, acima de tudo, problemas a serem solucionados.
Não se trata apenas de uma questão formal, mas de um período crucial para garantir que a transição ocorra de maneira organizada e eficiente. É também o momento em que os vereadores precisam manter seu papel fiscalizador e continuar cobrando ações e resultados do governo atual. A sensação de que “tudo acabou” com o término das eleições é perigosa e pode comprometer a qualidade dos serviços oferecidos à população. A administração pública não pode parar, e qualquer lacuna nesse processo será sentida pela população, especialmente em setores como saúde, educação e infraestrutura.
Por mais que o foco da mídia e do público tenha se voltado para o prefeito eleito e as promessas de um futuro governo, a realidade é que Ilhéus ainda depende das decisões e ações de Marão até 31 de dezembro. Até lá, é fundamental que a equipe atual mantenha o ritmo de trabalho, finalize projetos em andamento e entregue uma cidade pronta para que a nova gestão inicie seu trabalho sem prejuízos para os moradores.
Portanto, enquanto a cidade se prepara para as mudanças prometidas, é preciso lembrar que o “agora” ainda pertence a Mário Alexandre. Faltam mais de dois meses para o fim do mandato, e Ilhéus não pode se dar ao luxo de estagnar. Afinal, o trabalho precisa continuar até o último dia — por respeito à cidade e à confiança da população.
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