Autores do estudo sobre uso de hidroxicloroquina que motivou a OMS a suspender os testes voltam atrás, pedem desculpas e revista científica despublica matéria.

Autores do estudo sobre uso de hidroxicloroquina que motivou a OMS a suspender os testes voltam atrás, pedem desculpas e revista científica despublica matéria.

“…Portanto, solicitamos que o artigo seja retirado. Pedimos desculpas aos editores e leitores da Revista pelas dificuldades que isso causou.” Diz trecho da nota oficial.

Os autores afirmaram não poder mais garantir a veracidade dos dados usados para fundamentar a pesquisa, que havia constatado risco no uso das substâncias contra o novo coronavírus.

Em 20 dias, o estudo sacudiu duas vezes a comunidade científica. Publicado na renomada revista científica The Lancet, a pesquisa condenava o uso de hidroxicloroquina e cloroquina para tratar a covid-19. Mas nesta semana, o mesmo estudo foi revisto por alguns de seus autores, que publicamente assumiram que não poderiam sustentar suas conclusões.

Quando saiu, em 22 de maio, o estudo dizia que pacientes com o novo coronavírus que foram tratados com esses medicamentos apresentavam maior risco de ter complicações cardíacas, e até de morrer, do que as pessoas que recebiam outros remédios.

O choque foi tanto que pesquisas em todo o mundo envolvendo hidroxicloroquina ou cloroquina —incluindo algumas da OMS (Organização Mundial de Saúde)— foram paralisadas. Mas, alguns dos autores do estudo da “Lancet” admitiram que não podem dizer se os dados usados são confiáveis e pediram desculpas. Assim que a pesquisa foi ao ar, um grupo de quase 150 médicos manifestaram preocupação em uma carta aberta à Lancet. Em resumo, eles questionaram como o artigo chegou às conclusões expostas e pediram que os comentários de revisão dos pares, feitos pela revista antes da publicação, fossem tornados públicos.

Os favoráveis ao uso do medicamento ressaltaram a quantidade pessoas que morreram pelo não uso do medicamento

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