
Papa Francisco afirma que Lula foi vítima de condenação injusta e enaltece ex-presidente Dilma Rousseff
Na última quinta-feira (30/3), o papa Francisco concedeu uma entrevista à rede argentina C5N, na qual afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi condenado injustamente e que a ex-presidente Dilma Rousseff é uma “mulher excelente” com “mãos limpas”. As declarações surgiram a partir de questionamentos sobre o termo “lawfare”, que se refere ao uso manipulativo do direito para perseguir adversários políticos.
O líder da Igreja Católica apontou que, em alguns casos, a “fumaça do crime te leva ao fogo”, enquanto em outros a fumaça “se perde porque não há fundamento”. Vale lembrar que no ano passado, em entrevista ao jornal espanhol ABC, o papa Francisco afirmou que o processo que levou Lula à prisão teve início com notícias falsas. “Um julgamento deve ser o mais limpo possível, com tribunais que não têm outro interesse além de buscar justiça. Esse caso do Brasil é histórico”, destacou.
Em 2018, o ex-presidente foi preso sob a acusação de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex de Guarujá (SP). Após 580 dias detido na Superintendência da Polícia Federal do Paraná, ele foi solto em novembro de 2019. Em 2021, o Supremo Tribunal Federal (STF) anulou as condenações do petista na Lava Jato, com base no entendimento de que o então juiz Sergio Moro foi parcial no processo e de que os casos tramitaram fora da jurisdição correta. Assim, Lula se tornou elegível para concorrer às eleições presidenciais de 2022.
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