Lula intervém, freia rebelião e manda PT injetar dinheiro na campanha de Boulos
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi chamado para mediar um conflito emergente dentro do PT, relacionado ao repasse de recursos do fundo eleitoral para a campanha de Guilherme Boulos (PSOL) à Prefeitura de São Paulo, onde Marta Suplicy, membro do PT, figura como candidata a vice. Após debates intensos, Lula decidiu que o partido deve financiar a chapa, apesar de algumas resistências internas, principalmente de pré-candidatos a vereador preocupados com a divisão dos recursos.
A controvérsia surge em um momento crítico, com algumas lideranças do PT questionando a prática de transferir fundos a um candidato de outro partido, alegando complicações potenciais na prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No entanto, defensores do apoio a Boulos enfatizam a importância de sua eleição para fortalecer a base de apoio de Lula contra o grupo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), considerando o cenário político de 2026.
As discussões se acirraram em reuniões fechadas tanto em São Paulo quanto em Brasília, com propostas iniciais de limitar contribuições a partidos fora da federação PT-PC do B-PV. A solução encontrada foi canalizar os recursos através da candidatura de Marta Suplicy, aproveitando a cota de 30% destinada às candidaturas femininas, conforme exige a legislação.
Lula, informado sobre a resistência dentro do partido, conversou diretamente com Gleisi Hoffmann, presidente do PT, e Gleide Andrade, tesoureira, buscando uma estratégia que equilibrasse as necessidades da campanha com as demandas internas do partido.
Enquanto isso, a bancada paulistana do PT está solicitando um aumento significativo dos recursos destinados às campanhas de vereadores, argumentando que, além de não contar com o impulso de uma candidatura própria à prefeitura, o partido recebeu um aumento no fundo eleitoral este ano, o que justificaria um repasse proporcional maior.
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