“Ambulâncias da SAMU de Ilhéus são ‘Pokémon'”
A frota do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) em Ilhéus passa por um momento crítico. De acordo com o diretor regional da base Ilhéus-Valença, Jonathans Pinto, nenhuma das ambulâncias da cidade está com a documentação em dia. Esse problema, que se arrasta há anos, impede a renovação dos veículos e compromete o socorro de milhares de pessoas que dependem do serviço.
Durante entrevista ao programa O Tabuleiro, o comunicador Vila Nova classificou as ambulâncias como “Pokémon”, em referência ao fato de elas não possuírem placas. A comparação resume a gravidade da situação: sem registro oficial, as unidades não podem ser seguradas, colocando em risco tanto as equipes quanto os pacientes que precisam de atendimento emergencial.
Frota insuficiente
Atualmente, Ilhéus conta com apenas duas ambulâncias funcionais, uma de suporte básico e outra avançada. Segundo Jonathans, o ideal seria ter pelo menos seis unidades (duas avançadas e quatro básicas) para suprir a demanda local. O diretor relata que mais seis ambulâncias estão encostadas, à espera de regularização — mas não há perspectiva de substituição ou incremento enquanto a falta de placas persistir.
Barreiras para renovação
A ausência de documentos oficiais impede o Município de solicitar novas ambulâncias ao Ministério da Saúde, que exige a comprovação de regularidade dos veículos antigos antes de liberar a frota atualizada. “Se não houver emplacamento, ficamos travados. O Ministério não autoriza nada sem esse procedimento”, explica Jonathans.
Investigação e denúncias
A situação preocupa órgãos de controle, como o Ministério Público e a Polícia Federal, que investigam possíveis irregularidades. Uma das denúncias envolve uma ambulância de suporte avançado que, mesmo recebendo recursos federais, jamais entrou em operação por falta de equipe. Esse cenário afeta não só Ilhéus, mas também outras cidades da região que dependem do suporte de alta complexidade para salvar vidas.
Histórico de descaso
O diretor regional do SAMU afirma que a última vez que viu ambulâncias devidamente emplacadas foi na gestão anterior ao ex-prefeito Jabes Ribeiro. De lá para cá, nenhuma renovação de placas ou seguros foi feita. Enquanto não houver uma solução definitiva, a população permanece vulnerável, pois o serviço de urgência não consegue funcionar plenamente.
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