Vergonha de não ter o que oferecer” – O desabafo de um garçom reflete a realidade do turismo em Ilhéus

Vergonha de não ter o que oferecer” – O desabafo de um garçom reflete a realidade do turismo em Ilhéus

Durante uma conversa informal com a nossa equipe, um garçom do tradicional bar Vesúvio, um dos pontos mais famosos e históricos de Ilhéus, fez um desabafo sincero sobre a realidade do turismo na cidade. Segundo ele, muitas vezes se sente envergonhado quando turistas, empolgados após um dia explorando as praias e o Centro Histórico, perguntam: “E aí, tem o que pra fazer na noite em Ilhéus?”. A resposta, porém, não é o que eles esperam.

“Eu fico sem saber o que dizer. A verdade é que não tem quase nada pra fazer na noite de Ilhéus. Não tem opção de lazer, não tem algo realmente animado para indicar. A maioria acaba voltando para o hotel ou indo para algum restaurante e pronto. É triste para uma cidade que tem tanto potencial”, lamenta o garçom, que prefere não se identificar.

Essa situação não é isolada e reflete a falta de um turismo organizado e formatado na cidade. Ilhéus, com todo o seu potencial histórico e cultural, ainda sofre para oferecer uma experiência completa para quem deseja explorar a cidade além das praias e do roteiro literário.

Sem uma programação noturna que atraia e engaje os turistas, Ilhéus perde não apenas oportunidades de proporcionar uma experiência completa, mas também de estimular a economia local, que poderia ser muito mais aquecida. “A gente vê turistas empolgados e querendo saber mais, mas simplesmente não temos para onde mandá-los”, conclui o garçom.

É uma situação que evidencia a necessidade urgente de reestruturação e fortalecimento do setor turístico, especialmente quando o assunto é a oferta de entretenimento. Porque, como ele mesmo diz, “é uma pena ver uma cidade com tanto a oferecer e não conseguir encantar como deveria”.