
Se cuide: Brasil realiza 640 amputações de pênis, em média, por ano
A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) revelou dados alarmantes sobre a incidência de câncer de pênis no Brasil, indicando uma média anual de 645 amputações penianas. O levantamento, baseado nas informações do Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS) do Ministério da Saúde, mostra que o ano de 2019 registrou o maior número de casos, com 702 amputações, enquanto 2020 apresentou a menor contagem, com 619 procedimentos.
Ao longo da última década, de 2013 a 2023, o país totalizou 6.456 amputações devido a esta condição. A urologista Karin Jaeger Anzolch, diretora de Comunicação da SBU, destacou que a redução no número de amputações observada durante os primeiros anos da pandemia (2020 e 2021) pode ser atribuída à relutância da população em buscar serviços médicos para casos não considerados urgentes. Ela ressalta a importância de conscientizar sobre a doença, que muitas vezes é negligenciada por não apresentar dor em seus estágios iniciais.
Nos últimos dez anos, o Brasil também registrou 21.766 diagnósticos de câncer de pênis (entre 2012 e 2022) e 4.592 mortes relacionadas à doença (de 2011 a 2021), com a faixa etária de 60 a 69 anos sendo a mais afetada.
A SBU enfatiza que a maioria desses casos poderia ser prevenida com medidas simples, como higiene adequada, vacinação contra o HPV (disponível gratuitamente pelo SUS) e, em certos casos, cirurgia de fimose para facilitar a limpeza da glande. Luiz Otavio Torres, presidente da SBU, aponta a falta de informação e o diagnóstico tardio como fatores críticos, observando que o Brasil está entre os países com as maiores taxas de incidência de câncer de pênis. Ele reitera a necessidade de ampliar a conscientização sobre a doença e a importância da prevenção.
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