Catedral de São Sebastião


No ano de 1927, no apagar das luzes do primeiro governo de Mário Pessoa, foi mandada demolir a capela de São Sebastião, para que fosse construída uma catedral em seu lugar.

A construção da nova e majestosa catedral originou muita discussão, sobre o projeto e sobre a localização.

O projeto da catedral é do arquiteto Salomão da Silveira, em estilo considerado eclético. Dom Frei Eduardo José Herberold, bispo recém-chegado, benzeu o terreno em 1931, onde a Catedral deveria ser construída e a obra foi iniciada, para ser paralisada logo em seguida.

Houve grande discussão sobre o estilo da mesma e sobre sua localização. Para se encontrar uma solução, o prefeito Eusínio Lavigne decidiu consultar o diretor da Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro, professor Arquimedes Memória.

Este imponente templo da igreja católica representou o sonho da comunidade ilheense por mais de trinta anos. Ela representa o sonho do bispo que iniciou as obras, D. Eduardo, que foi sepultado na própria igreja e é até hoje motivo de idolatria, sendo considerado santo por muitos fiéis. A catedral foi inaugurada em 1967, levou mais de trinta anos para ser construída.

O tamanho da igreja impressiona. Ela tem, em sua abóbada principal, 48 metros de altura. No que pese não poder ser considerada um primor de arquitetura, tem um enorme valor cultural, pelo que representa para a sociedade local e para a atividade turística do município.

Segundo depoimentos a “maravilha das maravilhas foi a sua inauguração”. Naquele dia a cidade foi invadida por bispos e cardeais. Até o representante do papa, o Núncio Apostólico, D. Sebastião Baggio veio para a inauguração. E o coral da professora Maria de Lurdes Abreu cantou O Messias, de Haendel. No dia da inauguração, a Catedral parecia um Vaticano em miniatura, tal a beleza, a pompa e circunstância daquela festa.

A catedral de São Sebastião é, sem dúvida, o símbolo da cidade de São Jorge dos Ilhéus e ponto de atração turística dos mais importantes. Os turistas não deixam de visitá-la, reclamam nos períodos em que ela se encontra fechada e levam da cidade uma bela recordação da grandiosidade da igreja.


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